terça-feira, 9 de julho de 2013

11 de julho: a Pauta dos trabalhadores

Dia 11 de julho (próxima 5.a. feira) vai haver paralização nacional chamada pelas centrais sindicais (CUT e demais centrais sindicais) com pautas específicas ao mundo do trabalho como o fim do PL 4330 sobre as terceirizações, jornada de 40 horas semanais sem redução dos salários, assim como pautas mais gerais ventiladas pelos movimentos das ruas como: fim dos leilões de petróleo, plebiscito da reforma política, 10% do PIB para a Educação, 10% do Orçamento da União para a Saúde, fim do fator previdenciário, transporte público de qualidade, reforma agrária, valorização das aposentadorias.


2013-07-09
11 de julho: A pauta dos TRABALHADORES
A CUT e demais centrais sindicais vão às ruas na próxima quinta-feira (11), no Dia
Nacional de Lutas, para defender a pauta da classe trabalhadora. Cidades de todo
o país, principalmente das regiões metropolitanas e capitais, terão atos, paralisações,
atrasos na abertura de agências bancárias e na entrada nas fábricas. Algumas
categorias, como rodoviários e metroviários, farão greve.
A reportagem é do portal da CUT, 08-07-2013.
O objetivo da mobilização nacional (programação segue abaixo) é destravar a
pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos ministérios. Segundo
o presidente da CUT, Vagner Freitas, a data também servirá para dialogar com
a sociedade, construir e impulsionar a pauta que surgiu nas ruas durante as
manifestações realizadas em junho, em todo o País, pois muitas reivindicações já
são antigas bandeiras de luta do movimento sindical, como melhoria na qualidade da
saúde e educação pública e do transporte coletivo.
Vagner Freiras destaca ainda que, além da pauta única das centrais, que será levada
à ruas nesta quinta-feira, a CUT apoia o plebiscito para reforma política. "O povo quer
e tem direito a opinar", afirma o presidente da CUT.
Pauta Única das Centrais Sindicais:
• Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
• Contra o PL 4330, sobre Terceirização.
• Fim do fator previdenciário;
• 10% do PIB para a Educação;
• 10% do Orçamento da União para a Saúde;
• Transporte público e de qualidade;
• Valorização das Aposentadorias;
• Reforma Agrária;
• Suspensão dos Leilões de Petróleo.
Pauta da CUT nacional:
• Plebiscito da reforma política
, 09 de julho de 2013
PT mobiliza-se para ato do dia 11 e causa desconforto nas
centrais
A convocação do PT para que seus militantes também participem do "Dia Nacional
de Lutas" na quinta-feira causou desconforto entre as principais centrais sindicais
do país, que organizaram o ato justamente para pressionar a presidente Dilma Rousseff. O partido quer levar às ruas a defesa do plebiscito e da reforma política
propostos por Dilma, o que desvirtua a pauta original, reclamaram dirigentes
sindicais.
"O apoio de qualquer partido é bem-vindo. O que não aceitamos é que peguem
carona para defender sua própria pauta, que nem é consenso entre centrais", afirma
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Ele destaca
que o ato do PT foi marcada e na mesma hora - 12h - e no mesmo lugar do das
centrais - o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
A reportagem é de Camilla Veras Mota e Raphael Di Cunto e publicada pelo jornal
Valor, 09-07-2013.
As centrais vão defender bandeiras históricas do movimento, como a redução da
jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário. Rompida com o governo, a Força
Sindical, que no 1º de Maio já destoou das outras ao pedir a volta do gatilho salarial,
acrescentou que o ato será também por "mudanças na equipe econômica" e contra a
inflação.
Em tom mais brando, as outras centrais têm criticado o uso do protesto no dia 11
para defender o plebiscito. "São atos diferentes, de pautas diferentes. Se estão
querendo confundir as coisas estão se excedendo", afirmou o presidente da Central
de Trabalhadores do Brasil (CTB), Wagner Gomes.
Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah diz que o
plebiscito está fora da pauta sindical e que, no máximo, poderia ser levantada a
defesa de uma reforma política. "Não estou reclamando da participação do PT, mas o
ato é exclusivamente das centrais e dos movimentos sociais. Nossas bandeiras são
conhecidas, e não tem plebiscito nelas", disse Patah.
Um sindicalista que acompanha de perto as reuniões para decidir os atos do dia
11 diz que a Força já está incitando a base a atacar o projeto de plebiscito e a
própria Dilma se o PT insistir em usar o movimento em prol de bandeiras próprias.
Embora não pretendam fazer ataques diretos ao partido, as outras centrais também
não gostaram da notícia. O tom, dizem, não é de apoio ao partido, mas de crítica
ao governo federal, que não respondeu até hoje a pauta de reivindicações dos
trabalhadores.
Secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, Sérgio
Nobre diz, porém, que a reforma política foi colocada na pauta pelos movimentos
sociais que apoiam as manifestações, como UNE e MST. "Não sei em qual contexto
foi inserida, se como plebiscito, referendo, mas as centrais estavam de acordo com a
inclusão do tema", disse.A manifestação foi decidida no dia 25 de junho, influenciada pelos protestos que
tomaram o país contra o aumento das tarifas de ônibus. Sindicalistas ouvidos pelo
Valor dizem que ficaram assustados com a capacidade de mobilização dos atos para
defender pautas dos próprios trabalhadores sem que o movimento sindical tivesse
protagonismo ou sequer participação. A gota d'água foi uma "greve-geral" convocada
pelo Facebook para 1º de julho que, apesar de não ser apoiada por nenhum sindicato
ou central, gerou grande repercussão.
Entre as categorias que estão programando paralisações em nível nacional estão a
dos petroleiros, dos metalúrgicos e da construção civil e pesada. Esta última, informou
a CSP-Conlutas, planeja ações em sete cidades do Pará, incluindo Altamira, base
para grande parte dos trabalhadores de Belo Monte, em Fortaleza e Suape (PE).
Em São Paulo, o alvo são os transportes. Motoboys e comerciários bloquearão as
marginais Tietê e Pinheiros e as principais ruas de comércio. Em plena eleição para
a diretoria do sindicato, parte dos motoristas de ônibus municipais vai parar. Os
funcionários do metrô, que afirmaram que fariam greve, realizarão nova assembleia
amanhã para definir a participação. Também haverá bloqueios em estradas
importantes do interior, entre elas Anchieta, Castelo Branco, Raposo Tavares, Fernão
Dias, Dutra e Mogi-Bertioga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário