sábado, 9 de novembro de 2013

Tempo da delicadeza


Tempo da delicadeza

 

Imagens que quero corporificadas

Utopias que pretendo realizadas, reverberadas

Retrocessos que contam muitos

Tantas retiradas

Sonhos comuns concretizados

Porque tanto tempo frustrados

Expectativas tão prolongadas

Que sensibilizam a pele

Como alergias mal curadas

Que aceleram respirações

Que causam alucinações

 

Sentimentos que escapam modificados

Entretanto luminosos, esperançosos

Cotidianos com retóricas reincidentes

Relações familiares tão delicadas

Arrependimentos que surpreendem

Compulsoriamente, indevidamente

E a sensação do estar por tempo determinado

Do estorpor, do pensar, do apressar

Do delinear princípios mais tolerantes

Com referenciais transcendentais, diagonais

 

Opção pelo silêncio talvez obsequioso

A tentativa da reunião

A tão estimada interlocução

Que aproxima, que toca

Que me ambienta em outros espaços

Expressa entre laços, abraços reunindo pedaços

Fraternos, quase eternos

Como uma realidade tão comum

Que facilita tantos afetos

Trazendo novas vidas

Bem recebidas, queridas

A sensação de fazer parte, da inclusão

Da simplicidade, do pertencimento

 

Perspectivas planejadas, viabilizadas

Iniciativas possibilitadas, acreditadas, sedimentadas

A narrativa da continuidade, da igualdade

Da materialidade, da maternidade

Tempo da delicadeza

Da certeza, da pureza, da gentileza

 

Márcia D´Angelo

Guarujá     09/11/2013          00:10 h.

 

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