Tempo
da delicadeza
Imagens
que quero corporificadas
Utopias
que pretendo realizadas, reverberadas
Retrocessos
que contam muitos
Tantas
retiradas
Sonhos
comuns concretizados
Porque
tanto tempo frustrados
Expectativas
tão prolongadas
Que
sensibilizam a pele
Como
alergias mal curadas
Que
aceleram respirações
Que
causam alucinações
Sentimentos
que escapam modificados
Entretanto
luminosos, esperançosos
Cotidianos
com retóricas reincidentes
Relações
familiares tão delicadas
Arrependimentos
que surpreendem
Compulsoriamente,
indevidamente
E a
sensação do estar por tempo determinado
Do
estorpor, do pensar, do apressar
Do
delinear princípios mais tolerantes
Com
referenciais transcendentais, diagonais
Opção
pelo silêncio talvez obsequioso
A tentativa
da reunião
A tão
estimada interlocução
Que
aproxima, que toca
Que
me ambienta em outros espaços
Expressa
entre laços, abraços reunindo pedaços
Fraternos,
quase eternos
Como
uma realidade tão comum
Que
facilita tantos afetos
Trazendo
novas vidas
Bem
recebidas, queridas
A sensação
de fazer parte, da inclusão
Da
simplicidade, do pertencimento
Perspectivas
planejadas, viabilizadas
Iniciativas
possibilitadas, acreditadas, sedimentadas
A narrativa
da continuidade, da igualdade
Da
materialidade, da maternidade
Tempo
da delicadeza
Da
certeza, da pureza, da gentileza
Márcia
D´Angelo
Guarujá 09/11/2013 00:10
h.
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