A COALIZÃO
É resultado de uma ação conjunta de entidades, que no dia 28 de agosto de 2013, em reunião na CNBB,
aprovaram o manifesto e a proposta de projeto de lei de iniciativa popular, que tem como finalidade
desencadear uma campanha cívica, unificada e solidária, pela efetivação de imediata da Reforma Política
Democrática e Eleições Limpas.
A Coalizão reúne 44 entidades da sociedade civil, que entraram em consenso em favor de uma única
proposta de Reforma Política que possa unificar entidades da sociedade civil e amplas camadas do povo
brasileiro. Entre as entidades incluem-se a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), o MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), a Plataforma dos
Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, a Frente Parlamentar pela Reforma Política com
participação popular, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
do Brasil), a UNE (União Nacional dos Estudantes), dentre outras1.
1 Assinam ainda: UBES (União Brasileira dos estudantes secundaristas), Contag (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), CNLB (Conselho Nacional do Laicato do Brasil),
Movimento Nacional Contra Corrupção e pela Democracia, Unasus (União Nacional dos Auditores
do Sistema Único de Saúde), IDES (Instituto de Desenvolvimento Sustentável), Criscor (Cristãos
Contra Corrupção), MST (Movimentos dos Trabalhadores sem Terra), Abramppe (Associação
Brasileira dos Magistrados Procuradores e Promotores Eleitorais), Confea (Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia), IUMA (Instituto Universal de Marketing em Agribusiness), Instituto
Atuação, Aliança Cristã Evangélica Brasileira, CJP-DF (Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de
Brasília), Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), POM (Pontifícias Obras Missionárias), Visão
Mundial, Escola de Fé e Política /Campina Grande, CFF (Conselho Federal de Farmácia), CFESS
(Conselho Federal de Serviço Social), Cáritas Brasileira, MPA Brasil (Movimento dos Pequenos
Agricultores), SINPRO/ DF (Sindicato dos Professores no Distrito Federal), CTB/DF (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Asbrale/DF (Associação Brasiliense das Empregadas
Domésticas), Igreja Batista em Coqueiral – Recife, Instituto Solidare – Pernambuco, SUAS (Sistema
único de Assistência social), Aliança Evangélica, CBJP (Comissão Brasileira de Justiça e Paz), 5ª
Semana Social Brasileira – CNBB, Via Campesina, MMC (Movimento de Mulheres Camponesas),
IBDCAP - (Instituto Brasileiro de direito e controle da administração pública), CSEM (Centro
Scalabriniano de estudos migratórios), CNTE (Confederação dos Trabalhadores em Educação).
No dia 3 de setembro de 2013, várias organizações da sociedade civil e parlamentares realizaram,
na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, ato público de constituição da Coalizão pela
Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que expressa a unificação dos esforços e das propostas
dessas organizações na realização de uma reforma política que corrija as graves distorções do sistema
político brasileiro.
Principais pontos da proposta:
1. Proibição do financiamento de campanha por empresa. Instauração do financiamento democrático de
campanha, constituído do financiamento público e de contribuição de pessoa física, limitadas a R$ 700,00.
O total desta contribuição não poderá ultrapassar o limite de 40 % dos recursos públicos recebidos pelo
partido, destinados às eleições;
2. Adoção do sistema eleitoral do voto dado em listas pré-ordenadas, democraticamente formadas pelos
partidos e submetidas a dois turnos de votação, constituindo o sistema denominado “voto transparente”,
pelo qual o eleitor inicialmente vota no partido e posteriormente escolhe individualmente um dos nomes da
lista;
3. Garantia da alternância de gênero nas listas mencionadas no item anterior;
4. Regulamentação dos instrumentos da Democracia Direta ou Democracia Participativa, previstos no art.
14 da Constituição, de modo a permitir sua efetividade, reduzindo-se as exigências para a sua realização,
ampliando-se o rol dos órgãos legitimados para iniciativa de sua convocação, aumentando-se a lista
de matérias que podem deles ser objeto, assegurando-se financiamento público na sua realização e se
estabelecendo regime especial de urgência na tramitação no Congresso;
5. Modificação da legislação para fortalecer os partidos, para democratizar suas instâncias decisórias
especialmente na formação das listas pré-ordenadas, para impor programas partidários efetivos e
vinculantes, para assegurar a fidelidade partidária, para considerar o mandato como pertencente ao partido
e não ao mandatário;
6. Criação de instrumentos eficazes voltados aos segmentos sub-representados da população,
exemplificativamente afrodescendentes e indígenas, com o objetivo de estimular sua maior participação nas
instâncias políticas e partidárias;
7. Previsão de instrumentos eficazes para assegurar o amplo acesso aos meios de comunicação e impedir
que propaganda eleitoral ilícita, direta ou indireta, interfira no equilíbrio do pleito, bem como garantias do
pleno direito de resposta e acesso às redes sociais,
Entrega da Proposta do PL e do manifesto à Presidência da Câmara:
No dia 10 de setembro a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, integrada por
diversas entidades, depois de coletar assinaturas de apoio à campanha de cerca de 130 parlamentares
daquela casa, entregaram o PL ao presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB - RN). A proposta foi
protocolada com o número PL 6316/2013.
O projeto “Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”:
O Projeto de Lei defende a proposta de lei de iniciativa popular para a reforma política e tem como objetivo
afastar das eleições o abuso de poder econômico, racionalizar o sistema eleitoral, promover a inclusão
política das mulheres e demais grupos subrepresentados e favorecer o uso dos mecanismos da democracia
direta.
Mobilização:
A coleta de assinaturas está sendo realizada em coleta presencial (formulário) ou pela internet nos sites da
AVAAZ ou Eleições Limpas, que possui homologação automática com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas conclama, assim como já o
fizeram em outros momentos decisivos da vida nacional, o povo brasileiro para que em todo
o lugar, no bairro, município, associações, sindicatos, escolas, universidades, organizações
profissionais e religiosas, participe desta Campanha tanto os mais jovens como os mais
experientes, mulheres e homens, em prol do aperfeiçoamento da Democracia, na defesa de
uma REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA.
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