quarta-feira, 15 de abril de 2015

“A esquerda tem a obrigação de construir uma unidade para evitar retrocessos conservadores”

“A esquerda tem a obrigação de construir uma unidade para evitar retrocessos conservadores”

Foto: Marcello Casal Jr/ABr
A coordenadora estadual do MTS, Natalia Szermeta, explica as pautas reivindicadas pela esquerda nas ruas nesta quarta-feira (15)
13/04/2015
Por Bruno Pavan,
De São Paulo (SP)
Nesta quarta-feira (15) diversas capitais brasileiras vão ser palco de manifestações organizadas por movimentos sociais e centrais sindicais para se posicionar contra avanços conservadores no Congresso Nacional como a PEC da maioridade penal e o PL da Terceirização.
A coordenadora estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Natalia Szermeta, aponta que é necessário a esquerda estar nas ruas nesse momento em que o direito dos trabalhadores estão sob ameaça conservadora. “O protesto terá um eixo central que vai ser a questão da PL 4330, que afeta diretamente a vida dos trabalhadores. A esquerda tem por obrigação de construir uma unidade para que os mais pobres e os trabalhadores desse país não sejam prejudicados pela irresponsabilidade, pelo conservadorismo e mesquinharia da elite brasileira”.
Natalia também explicou como que a pauta da habitação é prejudicada diretamente pelo pacote de ajustes promovido pela equipe econômica do governo Dilma, capitaneada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. A terceira edição do programa Minha Casa Minha Vida, que visa entregar mais de três milhões de habitações pelo Brasil, ainda não saiu do papel.
Respostas às manifestações de domingo
Mais de 100 mil pessoas, de acordo com o Instituto Datafolha, foram para a Avenida Paulista no último domingo (12) para pedir o impeachment da presidenta Dilma. O que foi visto mais uma vez foram vários cartazes com xingamentos e atos de hostilidade contra defensores do governo pelas ruas de diversas cidades brasileiras.
Natalia reforça também que é preciso responder ao clima de ódio que está presente nas ruas e que não traz nenhuma resposta objetiva às dificuldades que o país vive.
“Fica cada vez mais claro que essas mobilizações são de ódio contra o PT e que se generaliza por toda a esquerda que faz lutas há muitos anos e que são manifestações que não tem propostas objetivas para acabar com os verdadeiros problemas do país. O que tem que ser combatido nessas manifestações é um ódio que se generaliza contra os mais pobres, contra os negros, contra as conquistas sociais de programas que minimamente dão assistência aos mais pobres do Brasil”, encerrou.
Atos já marcados pelo Brasil
Entre os movimentos que vão às ruas nesta quarta-feira estão o MST e o MTST. As centras sincicais também estarão se manifestando, entre elas, a CUT. Confira as ações marcadas pelas cidades brasileiras.
São Paulo – Integrantes da CUT se concentrarão às 15 horas, em frente ao prédio da FIESP na Avenida Paulista, 1313. Depois ele se dirigirão para o Largo da Batata onde haverá o encontro com diversos movimentos sociais à partir das 17 horas.
Ceará – Praça do Carmo – Fortaleza – 8 horas
Brasília – às 16h, tem uma concentração em frente à sede da CUT, na SDS - Ed. Venâncio V - subsolo - lojas 14 – Bloco R, Asa Sul, Depois, militantes seguem em caminhada até a rodoviária.
Rio de Janeiro, às 16h, começa a concentração na Candelária. Depois militantes e trabalhadores seguem em caminhada até a Firjan
Curitiba, o ato começa à partir das 11h30, na Praça Santos Andrade.

Piauí, o ato começa às 10h, na Praça Rio Branco.

Porto Alegre, às 12h, os militantes e trabalhadores se concentração em frente à Federação do Comércio, na Av. Alberto Bins, 665. Depois, seguirão caminhando até a Assembleia Legislativa.

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