domingo, 22 de setembro de 2013

LIBRA: COMEÇOU O JOGO BRUTO. PREPAREM-SE


Publicado em 19/09/2013
Matéria do Conversa afiada

LIBRA: COMEÇOU O JOGO BRUTO.
PREPAREM-SE

Não foi à toa que o Obama espionou a Petrobras. Querem fazer disso aqui um Iraque

A propósito da manchete – http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/09/1344299-gigantes-exxon-bp-e-bg-nao-participarao-da-disputa-por-maior-reserva-do-pre-sal.shtml – entreguista da Folha (*), aquela da pesquisinha para assustar o Celso de Mello, o Fernando Brito, que sabe das coisas em matéria de petróleo e entreguismo, publicou no Tijolaço:

LIBRA: COMEÇOU O JOGO BRUTO, PREPAREM-SE


A partir de hoje, a pressão pelo adiamento do leilão de Libra vai subir, e muito.

Os jornais vão começar a falar em “fracasso anunciado” com a saída das empresas americanas (e assemelhadas) da disputa.

As três, é claro, não saíram juntinhas por acaso.

Houve conversa com seus “bons amigos” da Secretaria de Estado americana.

Recordem que é “war for oil”, muito mais do que esse “came out, guys!”

Saíram juntas porque isso foi combinado.

Resta a Chevron, sobre a qual não se sabe muito e ainda está “pendurada” por um campo operado diretamente – Frade – justamente o que vazou e a deixou “bem na fita” por aqui.

Talvez entre para fazer fachada. Os R$ 2 milhões da inscrição, para ela, são troco.

A jogada é colocar pressão política sobre o “fracasso anunciado” do leilão.

Fracasso só para eles, que sabiam que iam perder, para a Petrobras, com o reforço dos chineses e de mais duas ou três petroleiras, com ela no leme do navio.

Também não é fracasso para o Brasil.

Explico:

O lance de R$ 15 bilhões é fixo, não varia.

O que varia é a parcela de petróleo oferecida ao Governo, que é o dono da Petrobras.

Que, por sua vez, está pronta a dar a parcela máxima que não comprometa a viabilidade econômica da exploração.

Os chineses também não estão de olho no lucro fácil, querem é o fornecimento seguro.

Topam.

Galp, Repsol e Statoil dizem: ôba, os “miricano” estão fora, que bom pra nós.

Índia e Japão, “amigos de 2ª classe” dos americanos, talvez não lhes tenham tanta solidariedade assim.

O jogo é esse, meus amigos, é geopolítica de poder mundial, não uns pocinhos que não fazem cócegas nas gigantes do petróleo. Até porque todo mundo – muito mais os espiões americanos – sabem que há mais, muito mais por ali e em outras partes.

Quem botar o pezinho nessa, está dentro. Quem não botar, vai ter de esperar uma sonhada “retucanização” do país.

Abram o olho, meus sinceros amigos que – como eu próprio – desejam que todo o petróleo brasileiro seja do Brasil. Vamos deixar de ser um “produtor interno” e entrar na briga de cachorro grande.

Vamos perder os nossos complexos de vira-latas e saber que temos um país e uma petroleira que é capaz de liderar, defender e desenvolver a exploração do pré-sal.

E lembrar que o ótimo, muito frequentemente, é o inimigo do bom.

E, portanto, às vezes, um aliado do mal.

Por: Fernando Brito


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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