segunda-feira, 14 de abril de 2014

Um ano após eleição, Maduro diz ser vítima de mesmas formas de golpe aplicadas a Chávez

Um ano após eleição, Maduro diz ser vítima de mesmas formas de golpe aplicadas a Chávez


Prensa Miraflores
Em meio a crise política que afeta o país há dois meses, presidente também anunciou criação de Ministério da Comunicação Internacional
14/04/2014
Por Opera Mundi
"Em um ano, aplicaram-me todas as formas golpistas e de sabotagem que aplicaram ao comandante Chávez em 14 anos." A frase é do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cujo mandato à frente do Palácio de Miraflores completa um ano nesta segunda-feira (14/04). Sua declaração faz referência à crise política e aos protestos no país que já provocaram 39 mortes e 608 feridos ao longo de dois meses. Na semana passada, em movimento inédito, oposição e governo sentaram-se à mesa de negociações para discutir uma saída pacífica.
"A oligarquia não respeita o poder soberano do povo, expresso pelo voto, e começou a conspirar contra o comandante Chávez, fizeram-lhe boa parte do que agora fazem contra mim", disse Maduro, em discurso ontem que também rememorou os 12 anos do breve golpe de Estado contra Chávez em 2002.
As eleições gerais de abril de 2013 foram marcadas pelo clima de luto que dominava o país com a morte do líder Hugo Chávez (1954-2013), no mês anterior. Após 10 dias de campanha eleitoral — a mais curta da história venezuelana —, Maduro foi escolhido presidente com 50,66% dos votos (7.505.338), contra 49,07% de Henrique Capriles (7.270.403).
"Mantivemos a independência, a revolução e o caminho do socialismo iniciado por Chávez", assinalou Maduro, lembrando que, oito meses após o pleito presidencial, as forças chavistas conseguiram nova demonstração de apoio popular em 75% das prefeituras venezuelanas, obtendo 55% dos votos naquelas eleições municipais.
Ministério da Comunicação Internacional
Maduro também anunciou a criação, em breve, do Ministério para Comunicação Internacional, pasta que, segundo ele, será "dedicada exclusivamente à defesa mundial da Venezuela". O presidente venezuelano disse cogitar o nome de Roy Chaderton, embaixador do país na OEA (Organização dos Estados Americanos), para assumir a chefia do ministério.
"É um grande desafio para qualquer país poder enfrentar a guerra comunicacional, que se tem manifestado contra a Venezuela. Grande parte dos ataque que temos vivido desde fevereiro, com o movimento 'A Saída', estava ligada a um plano internacional contra o país, que conseguimos derrotar graças à nossa força no cenário mundial", afirmou Maduro.
 

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