FSP 2015-02-19 ÁGUA
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O governo do
Estado de São Paulo é responsável pela política de saneamento, recursos
hídricos e meio ambiente, pois além de ser ao mesmo tempo o regulador é o maior
acionista da Sabesp.
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Nas últimas
décadas o governo fez muito pouco para ampliar a cobertura vegetal e assim
garantir maior capacidade de recarga das nascentes e rios.
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Pelo contrário
assistimos a um processo continuo e permanente de desmatamento e ocupação.
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Como é possível
que na metrópole de maior PIB da América Latina os rios Tietê e Pinheiros, além
de vários de seus afluentes, ainda estejam poluídos por esgoto doméstico?
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Como uma das
maiores empresas de saneamento do mundo que reverte quase 51% do seu lucro para
o governo do Estado e que cobra não só a água, mas também o tratamento de
esgoto de um enorme mercado cativo de consumidores, não foi capaz de tratar o
esgoto, comprometendo com isto a qualidade da água de represas que poderiam
representar hoje uma alternativa ao desabastecimento?
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Finalmente, ao
negar de forma eleitoreira a crise ao longo de 2014, o governo do Estado nos
impediu de adotar medidas de economia com mais antecedência, evitando assim o
desastre anunciado.
Professor da USP RAQUEL ROLNIK
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