terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Publicado em 30/12/2014 Oposição quer impedir Dilma porque teme Lula Tijolaço: a radicalização de direita não vai abrandar COMPARTILHE VOTE Avaliação NegativaAvaliação Positiva (+96)Imprimir IMPRIMIR O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço: 1° DE JANEIRO DE 2015 É O PRIMEIRO DIA DE 2018 Dilma Rousseff quase termina a montagem de seu ministério com a habitual falta de novidades. O que é um bom sinal porque, a esta altura, com a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda é o suficiente para marcar as mudanças na política que a Presidenta quer sinalizar: a necessidade num ajuste das contas públicas que lhe permita seguir o mesmo rumo econômico de estímulo à empresas e ao emprego no Brasil, no fundo o que está lhe valendo toda – ou quase toda – o desgaste de ser apontada como má gestora na economia: a imensa massa de desonerações tributárias concedidas às empresas – sobretudo na carga fiscal e parafiscal sobre a folha de salários. Não creio que sejam administrativos os problemas que a aguardam neste segundo mandato. São políticos e é aí que se anunciam as maiores carências da equipe que Dilma montou, salvo raras exceções. Mas é preciso ter claro o que se pretendeu neste processo e entender as limitações objetivas do que se tem pela frente. Janeiro será o mês do primeiro enfrentamento ou da primeira composição: a eleição do Presidente da Câmara e a solução que se dará a Eduardo Cunha. Enfrenta-lo e vencê-lo ou conseguir uma composição extremamente difícil e custosa. Não há possibilidade de pretender a primeira hipótese sem uma composição com o “baixo clero” parlamentar, o que tem seu preço. De outra forma, este baixo clero vai obter, talvez maior, seu naco no Governo, a cada necessidade de aprovação parlamentar às medidas de governo sob a cobertura feroz de Cunha. Não deveria ser assim o início de um Governo eleito pela maioria absoluta da população, que a esta altura deveria estar unicamente concentrado na realização daqueles objetivos expressos no voto popular e contando, para isso, com o apoio dos demais poderes e instituições nacionais. Mas é, porque o Governo Dilma se defronta, agora desde a sua sagração pelo eleitor, com uma indisfarçada oposição – não raro à conspiração – que visa a uma só coisa: derrubá-lo. Disseminou-se – e muito além da mídia, que é seu tambor – um udenismo (dizê-lo golpista é pleonasmo) que pensa em relação a Dilma aquilo que resumia a frase de Carlos Lacerta em 1950: “O Sr. Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar.” Não comparo, obviamente, Dilma a Getúlio Vargas. Comparo Lula. Só há, hoje, uma maneira de evitá-lo em 2018. Derrubar ou transformar o Governo Dilma em um desastre total. A radicalização de direita não vai abrandar. A de esquerda não é a resposta. Mas o silêncio também não, e muito menos. E é por isso que a carência de polêmica – que não é exclusiva do Presidenta, mas igualmente do PT – é o que mais faz falta hoje para que se possa entender o Governo, sem o que é impossível defender um Governo sob permanente e feroz ataque. PS. Se, para muitos, os nomes dos novos ministros diz pouco, um deles, a mim, diz muito. O de Carlos Eduardo Gabas, a quem conheci quando fui para Brasília e a quem aprendi a respeitar e admirar como pessoa e como administrador. Eficiente, focado, justo e prudente sem deixar de ser firme e ético e, ao mesmo tempo, de imensa simplicidade pessoal, a qual temo ofender com este simples comentário. Desde Lula, depois com Dilma, sempre foi colocado onde era preciso ter alguém capaz de juntar seriedade administrativa com ótima capacidade de relacionamento. Em poucos meses, desenvolvemos absoluta confiança mútua nos assuntos administrativos que juntos tivemos de tratar, a qual, de minha parte, prossegue na política, que jamais Gabas vi confundir com politicagem. Ser ministro de direito não é novidade para quem já o foi, tantas vezes, na prática e por interinidade. Não lhe subirá a cabeça de soldado político e não desejo a ele nada que seja diferente de ser o que sempre o vi ser. Leia também: PETROBRAS ENCARA CARTEL E BLOQUEIA 23 EMPRESAS DILMA MANTÉM POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO

Publicado em 30/12/2014
Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

Publicado em 30/12/2014

Oposição quer impedir Dilma
porque teme Lula

Tijolaço: a radicalização de direita não vai abrandar


Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

1° DE JANEIRO DE 2015 É O PRIMEIRO DIA DE 2018



Dilma Rousseff quase termina a montagem de seu ministério com a habitual falta de novidades.



O que é um bom sinal porque, a esta altura, com a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda é o suficiente para marcar as mudanças na política que a Presidenta quer sinalizar: a necessidade num ajuste das contas públicas que lhe permita seguir o mesmo rumo econômico de estímulo à empresas e ao emprego no Brasil, no fundo o que está lhe valendo toda – ou quase toda – o desgaste de ser apontada como má gestora na economia: a imensa massa de desonerações tributárias concedidas às empresas – sobretudo na carga fiscal e parafiscal sobre a folha de salários.


Não creio que sejam administrativos os problemas que a aguardam neste segundo mandato.


São políticos e é aí que se anunciam as maiores carências da equipe que Dilma montou, salvo raras exceções.


Mas é preciso ter claro o que se pretendeu neste processo e entender as limitações objetivas do que se tem pela frente.


Janeiro será o mês do primeiro enfrentamento ou da primeira composição: a eleição do Presidente da Câmara e a solução que se dará a Eduardo Cunha.


Enfrenta-lo e vencê-lo ou conseguir uma composição  extremamente difícil e custosa.


Não há possibilidade de pretender a primeira hipótese sem uma composição com o “baixo clero” parlamentar, o que tem seu preço.


De outra forma, este baixo clero vai obter, talvez maior, seu naco no Governo, a cada necessidade de aprovação parlamentar às medidas de governo sob a cobertura feroz de Cunha.


Não deveria ser assim o início de um Governo eleito pela maioria absoluta da população, que a esta altura deveria estar unicamente concentrado na realização daqueles objetivos expressos no voto popular e contando, para isso, com o apoio dos demais poderes e instituições nacionais.


Mas é, porque o Governo Dilma se defronta, agora desde a sua sagração pelo eleitor, com uma indisfarçada oposição – não raro à conspiração – que visa a uma só coisa: derrubá-lo.


Disseminou-se – e muito além da mídia, que é seu tambor – um udenismo (dizê-lo golpista é pleonasmo) que pensa em relação a Dilma aquilo que resumia a frase de Carlos Lacerta em 1950:


“O Sr. Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar.”


Não comparo, obviamente, Dilma a Getúlio Vargas.


Comparo Lula.


Só há, hoje, uma maneira de evitá-lo em 2018.


Derrubar ou transformar o Governo Dilma em um desastre total.


A radicalização de direita não vai abrandar.


A de esquerda não é a resposta.


Mas o silêncio também não, e muito menos.


E é por isso que a carência de polêmica – que não é exclusiva do Presidenta, mas igualmente do PT – é o que mais faz falta hoje para que se possa entender o Governo, sem o que é impossível defender um Governo sob permanente e feroz ataque.


PS. Se, para muitos, os nomes dos novos ministros diz pouco, um deles, a mim, diz muito. O de Carlos Eduardo Gabas, a quem conheci quando fui para Brasília e a quem aprendi a respeitar e admirar como pessoa e como administrador. Eficiente, focado, justo e prudente sem deixar de ser firme e ético e, ao mesmo tempo, de imensa simplicidade pessoal, a qual temo ofender com este simples comentário. Desde Lula, depois com Dilma, sempre foi colocado onde era preciso ter alguém capaz de juntar seriedade administrativa com ótima capacidade de relacionamento. Em poucos meses, desenvolvemos absoluta confiança mútua nos  assuntos administrativos que juntos tivemos de tratar, a qual, de minha parte, prossegue na política, que jamais Gabas vi confundir com politicagem. Ser ministro de direito não é novidade para quem já o foi, tantas vezes, na prática e por interinidade. Não lhe subirá a cabeça de soldado político e não desejo a ele nada que seja diferente de ser o que sempre o vi ser.






Leia também:


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DILMA MANTÉM POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO


Tijolaço: a radicalização de direita não vai abrandar


Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

1° DE JANEIRO DE 2015 É O PRIMEIRO DIA DE 2018



Dilma Rousseff quase termina a montagem de seu ministério com a habitual falta de novidades.



O que é um bom sinal porque, a esta altura, com a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda é o suficiente para marcar as mudanças na política que a Presidenta quer sinalizar: a necessidade num ajuste das contas públicas que lhe permita seguir o mesmo rumo econômico de estímulo à empresas e ao emprego no Brasil, no fundo o que está lhe valendo toda – ou quase toda – o desgaste de ser apontada como má gestora na economia: a imensa massa de desonerações tributárias concedidas às empresas – sobretudo na carga fiscal e parafiscal sobre a folha de salários.


Não creio que sejam administrativos os problemas que a aguardam neste segundo mandato.


São políticos e é aí que se anunciam as maiores carências da equipe que Dilma montou, salvo raras exceções.


Mas é preciso ter claro o que se pretendeu neste processo e entender as limitações objetivas do que se tem pela frente.


Janeiro será o mês do primeiro enfrentamento ou da primeira composição: a eleição do Presidente da Câmara e a solução que se dará a Eduardo Cunha.


Enfrenta-lo e vencê-lo ou conseguir uma composição  extremamente difícil e custosa.


Não há possibilidade de pretender a primeira hipótese sem uma composição com o “baixo clero” parlamentar, o que tem seu preço.


De outra forma, este baixo clero vai obter, talvez maior, seu naco no Governo, a cada necessidade de aprovação parlamentar às medidas de governo sob a cobertura feroz de Cunha.


Não deveria ser assim o início de um Governo eleito pela maioria absoluta da população, que a esta altura deveria estar unicamente concentrado na realização daqueles objetivos expressos no voto popular e contando, para isso, com o apoio dos demais poderes e instituições nacionais.


Mas é, porque o Governo Dilma se defronta, agora desde a sua sagração pelo eleitor, com uma indisfarçada oposição – não raro à conspiração – que visa a uma só coisa: derrubá-lo.


Disseminou-se – e muito além da mídia, que é seu tambor – um udenismo (dizê-lo golpista é pleonasmo) que pensa em relação a Dilma aquilo que resumia a frase de Carlos Lacerta em 1950:


“O Sr. Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar.”


Não comparo, obviamente, Dilma a Getúlio Vargas.


Comparo Lula.


Só há, hoje, uma maneira de evitá-lo em 2018.


Derrubar ou transformar o Governo Dilma em um desastre total.


A radicalização de direita não vai abrandar.


A de esquerda não é a resposta.


Mas o silêncio também não, e muito menos.


E é por isso que a carência de polêmica – que não é exclusiva do Presidenta, mas igualmente do PT – é o que mais faz falta hoje para que se possa entender o Governo, sem o que é impossível defender um Governo sob permanente e feroz ataque.


PS. Se, para muitos, os nomes dos novos ministros diz pouco, um deles, a mim, diz muito. O de Carlos Eduardo Gabas, a quem conheci quando fui para Brasília e a quem aprendi a respeitar e admirar como pessoa e como administrador. Eficiente, focado, justo e prudente sem deixar de ser firme e ético e, ao mesmo tempo, de imensa simplicidade pessoal, a qual temo ofender com este simples comentário. Desde Lula, depois com Dilma, sempre foi colocado onde era preciso ter alguém capaz de juntar seriedade administrativa com ótima capacidade de relacionamento. Em poucos meses, desenvolvemos absoluta confiança mútua nos  assuntos administrativos que juntos tivemos de tratar, a qual, de minha parte, prossegue na política, que jamais Gabas vi confundir com politicagem. Ser ministro de direito não é novidade para quem já o foi, tantas vezes, na prática e por interinidade. Não lhe subirá a cabeça de soldado político e não desejo a ele nada que seja diferente de ser o que sempre o vi ser.






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DILMA MANTÉM POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Belluzzo: crime do petrolão é o cartel!

Publicado em 29/12/2014
Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

Belluzzo: crime do petrolão
é o cartel!

Outro cartel é o PiG ! E aí, Dr Moro ?


BELLUZZO CRITICA AÇÃO DOS CARTÉIS DA CONSTRUÇÃO E DA INFORMAÇÃO NA CRISE


Economista diz que Dilma é uma das poucas pessoas por quem põe ‘a mão no fogo’. Para ele, presidenta é ‘atormentada’ por cartéis e o que ‘estão fazendo com a Petrobras é imperdoável’


São Paulo – “A economia brasileira tem os seus cartéis, dentre os quais os mais importantes são as empresas de construção”, diz o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp. Em entrevista ao Seu Jornal, da TVT, Belluzo afirma que a importância do setor de construção da economia – junto com a Petrobras responde por sete a nove pontos percentuais da taxa de investimentos no país – não exime os empresários do setor de serem punidos com o rigor da lei. “Estou defendendo as empresas, e não os empresários, os que cometeram malfeitos têm de cumprir o que a lei manda.”


Ele vê no entanto, que a crise da Petrobras envolve, além os casos de corrupção – que têm de ser investigados e solucionados para que a empresa se recupere –, questões geopolíticas externas e interesse internos: “Está lá no Congresso o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) clamando pela mudança do modelo de partilha para o modelo de concessão. Concessão é adequado para quando você vai descobrir as reservas de petróleo. Você não pode aplicar isso a reservas já descobertas, seria uma impropriedade. Isso envolve uma questão geopolítica, de interesse, no fundo, de se privatizar ao máximo a exploração do petróleo e tirar do controle da Petrobras”, observa. “Por isso o caso da Petrobras é muito grave. Isso que foi feito é imperdoável, porque fragiliza muito a empresa.”


O economista se solidariza com a presidenta Dilma Rousseff: “É uma das poucas pessoas pelas quais eu ponho a mão no fogo. Eu sei que ela deve estar atormentada e é inacreditável que tentem imputar a ela alguma coisa parecida com corrupção”, diz. E faz uma referência à atuação da imprensa brasileira. “A imprensa brasileira é um cartel. Um cartel da informação, o que é grave para um país que quer avançar na democracia, na melhoria dos padrões de convivência. É preciso diversificar os meios de comunicação e não permitir que o cartel continue operando. E o cartel está operando.”



Quem é o verdadeiro dono do Natal: Jesus ou o Papai Noel ?

Quem é o verdadeiro dono do Natal: Jesus ou o Papai Noel ?
Papai Noel começou a existir, segundo a tradição, na pessoa de São Nicolau, bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV d.C. Ele, segundo a tradição, foi um homem bondoso, que gostava muito das crianças, principalmente das pobres, a quem dava presentes. Essa figura mais tarde imortalizou-se num símbolo, que recebeu o nome de Papai Noel.
O tempo passou e um mito tomou o lugar de uma pessoa, Papai Noel tomou o lugar de Cristo. O Natal foi paganizado e secularizado. O sentido do Natal mudou. Até o Papai Noel mudou. O Papai Noel moderno é um mito, uma lenda, uma criação do comércio voraz. No início ele era a personificação do amor, das dádivas generosas. Hoje, ele virou garoto propaganda. Antes, ele era discreto, hoje, vive desfilando em carros alegóricos para provocar o apetite consumista da freguesia. Antes, ele dava presentes, hoje, vende presentes. O Papai Noel foi concebido no ventre do consumismo materialista. Ele está a serviço do espírito mercantilista. Ele virou comerciante inveterado. O velho bojudo e barbado, de vestes vermelhas e com um grande saco nas costas, só traz alegria e presentes para as crianças que têm dinheiro. Ele passa longe das crianças pobres. Ele não se aproxima dos meninos de rua. Ele se transformou num comerciante sedento de lucro, num camelô inveterado, num símbolo do consumismo insaciável.
O Papai Noel de hoje é uma caricatura do espírito natalino; ele está na contra mão do sentido do Natal. O conteúdo do Natal é salvação. O espírito do Natal é doação. É Deus se fazendo homem, o rico se fazendo pobre, o senhor se fazendo servo. Natal é dádiva de amor.
O Natal é para todos. O Natal é Jesus. Papai Noel é um intruso, é uma farsa, uma mentira, um roubador de cena. Os holofotes precisam estar colocados sobre Jesus e não sobre ele.
Jesus é o dono, o sentido e a razão do Natal. Natal sem Jesus é festa pagã. Natal sem Jesus é festa gastronômica. Natal sem Jesus é apenas mercantilismo vazio.
Precisamos recristianizar o Natal. Precisamos democratizar o Natal. O Natal são boas novas de grande alegria e de salvação para o todo o povo. Pobres e ricos podem comemorá-lo de igual modo. Precisamos devolver o Natal ao seu legítimo dono.
Precisamos dar a glória devida a Jesus e fazer dele o centro do Natal. Precisamos comemorar o Natal com uma celebração festiva ao rei Jesus, que nasceu numa manjedoura, viveu como carpinteiro, morreu numa cruz, mas ressuscitou gloriosamente, para oferecer-nos o banquete da salvação.
 Que prevaleça a verdade sobre o mito! Jesus é o nosso natal: E ela terá um Filho, que será chamado Jesus (Salvador), porque Ele salvará seu povo dos pecados deles. (Mateus 1.21,2.1)

 PAST. OP. E MT - FELIZ NATAL. VITORSOUZA43@HOTMAIL.COM

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Crise hídrica? A Sabesp vai muito bem, obrigado! Artigo de Heitor Scalambrini Costa

Quinta, 18 de dezembro de 2014
Crise hídrica? A Sabesp vai muito bem, obrigado! Artigo de Heitor Scalambrini Costa
A Sabesp, "mesmo com a tragédia anunciada, penalizando a população, com os seus acionistas vai muito bem", escreve Heitor Scalambrini Costa, professor da Universidade Federal de Pernambuco, em artigo publicado por EcoDebate, 17-12-2014.
Eis o artigo.
O que acontece com o Estado de São Paulo na questão da água é um exemplo do que pode acontecer em outros estados e cidades brasileiras, segundo dados recentes publicados pela ANA (Agência Nacional de Águas). Portanto, aprender e tirar lições deste episódio poderá ajudar gestores públicos e a sociedade a não repetir os erros que foram cometidos, e conviver melhor com uma situação que veio para ficar.
A crise hídrica, como ficou conhecida, não ocorreu por uma única causa, ou por um único erro cometido, nem tampouco pela falta de chuvas – mesmo considerando que esta seca é uma das piores dos últimos 84 anos. Na verdade foi um conjunto de fatores que levou a maior cidade brasileira, sua região metropolitana e várias cidades importantes do interior do Estado a sofrerem o desabastecimento de água.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), empresa que administra a coleta, o tratamento, a distribuição de água, e também o tratamento dos esgotos, é uma das maiores empresas de saneamento do mundo, e uma das mais preparadas do Brasil – com um corpo técnico altamente qualificado, e dispondo de uma boa infraestrutura. Assim pode-se afirmar sem dúvida que a causa principal de tamanha incompetência foi a sua administração voltada ao mercado, voltada ao lucro, que trata a água, um bem essencial à vida, como uma mera mercadoria.
Em 1994, a Sabesp se tornou uma empresa de capital misto, com a justificativa de que vendendo parte de suas ações conseguiria mais recursos financeiros para investir nos sistemas de abastecimento de água e de saneamento. Depois de 20 anos, o controle acionário se encontra nas mãos do Estado, que detém 50,3% das ações (metade negociada na BMF/ Bovespa, e a outra metade na Bolsa de NY), ficando os 49,7% restantes com investidores brasileiros (25,5%) e estrangeiros (24,2%).
A Sabesp é a empresa outorgada para utilizar e gerir o Sistema Alto Tietê, Guarapiranga e Cantareira, destinando em tempos normais 33 m³/s para Região Metropolitana de SP. Com a persistência da falta de chuvas e clima adverso, foi obrigada a reduzir pela metade a captação (pouco mais de 16 m³/s), apesar de fazê-lo tardiamente. Assim, o que era considerado um risco remoto tornou-se uma grande incerteza. A situação chegou a um ponto tal de dramaticidade que foi perdido o controle do sistema hídrico e, agora, além da captação do volume morto dos reservatórios, em curto prazo, a população fica na dependência das chuvas.
Em 2012, em documento elaborado pela própria Sabesp para a Comissão de Valores dos EUA, era admitido que pudesse ocorrer diminuição das receitas da empresa, devido a condições climáticas adversas. Assim sendo seria obrigada a captar água de outras fontes para suprir a demanda de seus usuários. Portanto, se conhecia e se antevia uma situação que acabou acontecendo. Porém nada foi feito pela Sabesp para diminuir este risco previsível.
Por outro lado, a gestão da crise não visou resolver os problemas da população, mas sim apenas amenizar a responsabilidade da própria Sabesp, blindando o governo do Estado, cujo mandatário estava em plena campanha eleitoral para sua reeleição. Em nenhum momento a gestão da Sabesp ou o governo do Estado admitiram a gravidade da situação. Muito menos a necessidade do racionamento, da diminuição da vazão, sendo ainda negadas pelas autoridades paulistas as interrupções que se tornaram cada vez mais constantes no fornecimento da água. Por isso, o que mais abalou a credibilidade do governo foi a divulgação pela imprensa de uma gravação onde a presidente da Sabesp admitia que uma “orientação superior” impediu, durante a campanha eleitoral, que a empresa tornasse pública a real situação hídrica do Estado.
Todavia, mesmo com a tragédia anunciada, penalizando a população, a empresa e seus acionistas vão muito bem. Basta acompanhar os lucros extraordinários nos relatórios de administração dos últimos anos, que geraram dividendos generosos para os acionistas da Sabesp, ao passo que o investimento necessário não acompanhou a mesma intensidade dos lucros obtidos pela empresa.
Esta situação por que passa a população paulista e paulistana poderá se estender a outras regiões do país nos próximos anos, caso persistam a má gestão, o desperdício e a devastação de nossas florestas. É um alerta à questão da privatização dos nossos bens naturais, em particular da gestão da água, do seu controle e distribuição. Daí a premente e essencial participação da sociedade nas políticas públicas para que a gestão das águas alcance resultados positivos, e não simplesmente siga a lógica da maximização dos lucros.
Para ler mais:



PML: Berzoini e a Ley de Medios

Publicado em 26/12/2014
Conversa Afiada

PML: Berzoini e a Ley de Medios

Para petistas, indicação confirma importância da democratização da mídia no 2º mandato.


Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Moreira Leite:

O PAPEL DE BERZOINI NO GOVERNO


Para petistas, indicação confirma importância da democratização da mídia no 2º mandato


por Paulo Moreira Leite


A indicação de Ricardo Berzoini para ocupar o Ministério das Comunicações, vista como praticamente certa em Brasilia, aparece hoje como o principal rosto do Partido dos Trabalhadores no ministério do segundo mandato.


Hoje ministro de Relações Institucionais, Berzoni é um partidário assumido da democratização dos meios de comunicação. Bandeira histórica do Partido, a democratização  ganhou corpo a camadas muito mais amplas da sociedade depois da campanha de 2014, quando vários indicadores demonstraram que os principais grupos de mídia atuaram abertamente para favorecer os adversários de Dilma.


Bancário de origem profissional, Berzoini fez sua formação numa categoria que tem uma tradição de procurar formas próprias de comunicação com os trabalhadores e o conjunto da sociedade. Ao lado dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, os bancários de São Paulo foram pioneiros na exibição de programas  em emissoras de rádio e TV. Também têm uma imprensa que costuma tratar de assuntos de interesse geral do cidadão, a rede Brasil Atual.


Entre os dirigentes do PT, onde este assunto é discutido com frequência e no detalhe, a indicação de Berzoini é vista como um sinal da importância que Dilma Rousseff  irá atribuir a democratização da mídia durante o segundo mandato. As várias manifestações de Dilma a respeito sinalizam uma mudança em relação ao que se passou entre 2011-2015, quando o assunto ficou na geladeira política dos temas que não eram falados nem discutidos.


Em seu quarto mandato como deputado — e no terceiro ministério depois da chegada de Lula ao Planalto — Berzoini mostrou em 2003, ao liderar os debates sobre a reforma da Previdência, que é capaz de manter opiniões firmes em debates delicados. Manteve-se leal ao governo que ajudou a eleger e, ao mesmo tempo, assumiu uma proposta que era rejeitada pelo sindicalismo onde se formou.


A avaliação é que saiu-se bem, considerando o tamanho das dificuldades encontradas.  Se a reforma da Previdência serviu de motivo para um grupo de parlamentares da esquerda do PT formarem o PSOL, e até hoje é um travo real e importante nas relações entre o Planalto e os sindicatos, também produziu um desgaste menor do que a maioria dos analistas profetizavam. Candidato a um novo mandato de deputado em 2006, Berzoini teve mais votos do que no pleito anterior.


Não  se faz ideia, hoje, de qual será a linha do governo Dilma no debate sobre a democratização dos meios de comunicação. A presidente já adiantou que pretende abrir o debate no segundo semestre de 2015.


Há certeza de que qualquer avanço irá envolver disputas duríssimas,  a começar pela oposição dos principais grupos de comunicação à maioria das mudanças.


Só para se ter uma ideia: nem durante o regime militar elas se sentiram obrigadas a cumprir a legislação em vigor na época e que permanece basicamente a mesma desde então. Assinado pelo presidente Castelo Branco, o primeiro governante do pós-64,  o decreto 236/67, que define restrições ao monopolio, a formação de redes, protege a produção local e assim por diante, nunca foi obedecido de forma integral. Passaram-se 47 anos desde a publicação do decreto — meio século, do ponto de vista histórico. E nada.


Em 1988, na Constituinte, os artigos de caráter progressista foram neutralizados pela bancada conservadora, que conseguiu votos para garantir que só entrassem em vigor depois de definidos em ” lei ordinária.” A partir daí, os parlamentares dispostos a qualquer mudança jamais tiveram força para colocar o assunto em plenário.


Nos anos seguintes, o costume de alugar horários para o pregação religiosa tornou-se uma banalidade.


Garantia elementar do cidadão, o Direito de Resposta sempre foi cumprido de modo  parcimonioso, até que  foi abolido — pura e simplesmente. (Aprovado pelo Senado, um projeto do senador Roberto Requião aguarda chance de ser votado pela Câmara para entrar em vigor. Ninguém sabe quando irá acontecer. Até lá, Escolas de base e outras obras-primas do mau jornalismo, que hoje se especializou em fabricar trapaças políticas, terão trânsito livre para se manifestar.


As principais empresas  de comunicação possuem uma numerosa bancada de apoio no Congresso. A regra é uma permuta: recebem um tratamento favorável nos tele-jornais em troca de uma militancia fiel nos bastidores.


Dezenas  de parlamentares possuem concessões de rádio e TV que funcionam como currais eleitorais — e não têm a menor disposição de fazer qualquer concessão em posição de confortável monopólio. Mas há uma diferença entre elas, dizem dirigentes do Partido dos Trabalhadores que participaram de uma Conferência de Comunicação Promovida durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O  grupo maior, a TV Globo, que possui mais de uma centena de emissoras afiliadas, lidera a postura mais instransigente e inflexível. As redes menores se mostram, ao menos no plano da teoria, mais abertas para discutir e dialogar. A Band acompanhou os trabalhadores da Conferencia, do início ao fim.


As outras nem compareceram, o que já demonstra a dificuldade para  levar um debate em termos democráticos, em cujo centro se encontram concessões públicas de rádio e tv.


O governo Dilma encaminhar essa questão  partir de uma estratégia  parecida com aquela  que  se seguiu na “reforma política”. Após os protestos de junho de 2013, Dilma jogou o assunto para o debate entre o conjunto da população brasileira,  permitindo uma discussão no conjunto sociedade.


É dali, particularmente, que o Planalto espera apoio. Tudo o que o Planalto deseja é evitar um ambiente de conflagração semelhante ao que ocorreu na Argentina onde Cristina Kirschner e o grupo Clarin se confrontaram em ambiente de guerra civil, que deixou um desgaste inversamente proporcional em relação aos progressos obtidos.


A primeira tarefa será vencer a guerra de propaganda. Num esforço para fugir de um debate necessário, as empresas de comunicação construíram a lenda de que o governo prentende interferir no conteúdo da mídia. Bobagem: o que se pretende é trazer para o Brasil um debate civilizado, que ajudou a desenvolver os meios de comunicação em países de maior tradição liberal, como os Estados Unidos e a Inglaterra.


O país não tem o que temer num debate que coloca em questão, na verdade, a sobrevivência de um sistema essencialmente autoritário, que projeta um  pensamento único sobre o destino do Brasil e dos brasileiros.


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