Em tom irônico, membro do MTST critica Dilma pelas escolhas de seus ministros
Jornal Brasil de Fato
Reprodução/MTST
“Joaquim Levy na Fazenda foi uma sacada de gênio, com grande sensibilidade social. Pena que o Trabuco não quis, mas confio que seu subordinado no Bradesco dará conta do recado”, afirmou Guilherme Boulos, em artigo
27/11/2014
Da Redação
As recentes indicações da presidenta Dilma Rousseff (PT) para a formação de sua equipe ministerial provocaram reações de movimentos sociais e intelectuais de todo o país. Nesta quinta-feira (27), em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, Guilherme Boulos, membro do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), criticou em tom irônico as escolhas da presidenta.
“Joaquim Levy na Fazenda foi uma sacada de gênio, com grande sensibilidade social. Pena que o Trabuco não quis, mas confio que seu subordinado no Bradesco dará conta do recado”, afirmou.
Outra polêmica é a indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura. Para os movimentos, a presença dela no ministério é uma “traição” aos apoiadores de esquerda que trabalharam pela eleição de Dilma.
“Kátia Abreu na Agricultura achei um pouco ousado demais. Cuidado pra não ser chamada de bolivariana! Os índios e os semterra estão em festa pelo país. Não temos dúvidas de que o ministério terá um compromisso profundo com a demarcação das terras indígenas, o combate ao latifúndio e com a Reforma Agrária”, escreveu Boulos no texto destinado à presidenta.
Ministros escolhidos
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (27) três nomes da equipe econômica do seu ministério. Assumirá a Fazenda Joaquim Levy. O novo titular do Ministério do Planejamento será Nelson Barbosa. O ministro Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, foi convidado a permanecer no cargo.
Encontro com Dilma
O frade dominicano e escritor Frei Betto, o teólogo e intelectual Leonardo Boff e quatro integrantes do grupo Emaús se reuniram nesta quarta-feira (26) com a presidenta Dilma Rousseff e entregaram a ela uma carta com 16 demandas a serem analisadas em seu segundo mandato.
Na avaliação deles, após a vitória de Dilma nas eleições, nas quais havia um “risco” de que o “projeto popular do PT” não continuasse à frente do país, é necessário maior diálogo com a sociedade.
O documento que foi entregue a presidenta, intitulado O Brasil que Queremos, contém reivindicações que passam por temas políticos, econômicos, sociais e ambientais.
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