O PENSAMENTO CONTRADITÓRIO DOS
ELEITORES DE OPOSIÇÃO NO BRASIL
Márcia D`Angelo
12/10/2014
Segundo o historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro as
pesquisas apontam que 75% dos brasileiros revelam que estão satisfeitos com a
situação que possuem hoje no Brasil, mas também apontam que 60% acham que o
Brasil não está no caminho correto. Ora, esses resultados são contraditórios,
haja vista que os satisfeitos embasam sua situação em uma conjuntura de emprego
garantido , distanciando essa constatação da opção do governo brasileiro em não
seguir um modelo econômico que seja baseado
no arrocho salarial, no desemprego, neoliberalismo puro e falta de perspectiva.
O referido historiador compara essas opiniões e situações com a União Européia
em que a Espanha, por exemplo, possui 50% de sua população jovem e
economicamente ativa fora do mercado de trabalho. Já em Portugal, o desemprego
é semelhante e os professores não têm garantia de conseguir aulas no semestre e
estão em desemprego crônico, só para tomar uma categoria como paradigma. Os
índices de migração de um país para outro é crescente e a insegurança é
generalizada.
É interessante refletir que foi através de um programa de governo
petista, que desobedece ao Consenso de Washington e que prioriza programas
sociais (políticas públicas) de distribuição de renda e de geração de emprego
com carteira assinada que se evitou a contaminação da crise do capital que
assola os países centrais (Europa e Estados Unidos). Isso sem falar dos
investimentos em infra-estrutura, recursos do pré-sal , além do aumento do
salário mínimo.
A situação pode mudar radicalmente , desancando tudo, se Armínio Fraga (o
guru e possivelmente futuro ministro da Economia do candidato Aécio Neves do PSDB se este for vitorioso no 2.o. turno)
colocar em prática suas medidas econômicas para gerir a economia brasileira.
Ultra neoliberal, cidadão estadunidense (indicado por Obama para presidir o
FED) e presidente do Banco Central do governo Fernando Henrique Cardoso de 04/03/1999 até 01/01/2003 (sendo as taxas
de inflação em sua gestão: 1999: 8,94%; 2000: 5,97%; 2001: 7,67%; 2002: 12,53%,
portanto com inflação média de 8,78%) deve priorizar o arrocho salarial, o
desemprego, as privatizações e concessões para as plataformas do pré-sal
sem destinação dos lucros para saúde e educação(seguindo portanto o receituário do FMI indicado para os países
europeus em crise e com os resultados já citados em que nem resolvem a crise e
empobrecem totalmente os países envolvidos).
É nessa perspectiva que devemos
avaliar o nosso voto. Se queremos passar do neo desenvolvimentismo para o
ultraliberalismo gerando desemprego e insegurança e fazendo novamente o jogo do
FMI ou se queremos prosseguir empregados dando prosseguimento a uma política
econômica mais neodesenvolvimentista.
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