segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O pensamento contraditório dos eleitores de oposição no Brasil


 O PENSAMENTO CONTRADITÓRIO DOS ELEITORES DE OPOSIÇÃO NO BRASIL

Márcia D`Angelo

12/10/2014

Segundo o historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro as pesquisas apontam que 75% dos brasileiros revelam que estão satisfeitos com a situação que possuem hoje no Brasil, mas também apontam que 60% acham que o Brasil não está no caminho correto. Ora, esses resultados são contraditórios, haja vista que os satisfeitos embasam sua situação em uma conjuntura de emprego garantido , distanciando essa constatação da opção do governo brasileiro em não seguir um modelo  econômico que seja baseado no arrocho salarial, no desemprego, neoliberalismo puro e falta de perspectiva. O referido historiador compara essas opiniões e situações com a União Européia em que a Espanha, por exemplo, possui 50% de sua população jovem e economicamente ativa fora do mercado de trabalho. Já em Portugal, o desemprego é semelhante e os professores não têm garantia de conseguir aulas no semestre e estão em desemprego crônico, só para tomar uma categoria como paradigma. Os índices de migração de um país para outro é crescente e a insegurança é generalizada.

É interessante refletir que foi através de um programa de governo petista, que desobedece ao Consenso de Washington e que prioriza programas sociais (políticas públicas) de distribuição de renda e de geração de emprego com carteira assinada que se evitou a contaminação da crise do capital que assola os países centrais (Europa e Estados Unidos). Isso sem falar dos investimentos em infra-estrutura, recursos do pré-sal , além do aumento do salário mínimo.

A situação pode mudar radicalmente , desancando tudo, se Armínio Fraga (o guru e possivelmente futuro ministro da Economia do candidato Aécio Neves  do PSDB se este for vitorioso no 2.o. turno) colocar em prática suas medidas econômicas para gerir a economia brasileira. Ultra neoliberal, cidadão estadunidense (indicado por Obama para presidir o FED) e presidente do Banco Central do governo Fernando Henrique Cardoso  de 04/03/1999 até 01/01/2003 (sendo as taxas de inflação em sua gestão: 1999: 8,94%; 2000: 5,97%; 2001: 7,67%; 2002: 12,53%, portanto com inflação média de 8,78%) deve priorizar o arrocho salarial, o desemprego, as privatizações e concessões para as plataformas do pré-sal sem  destinação dos lucros  para saúde e educação(seguindo portanto  o receituário do FMI indicado para os países europeus em crise e com os resultados já citados em que nem resolvem a crise e empobrecem totalmente os países envolvidos).

É  nessa perspectiva que devemos avaliar o nosso voto. Se queremos passar do neo desenvolvimentismo para o ultraliberalismo gerando desemprego e insegurança e fazendo novamente o jogo do FMI ou se queremos prosseguir empregados dando prosseguimento a uma política econômica mais neodesenvolvimentista.

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