quarta-feira, 30 de novembro de 2016

FHC poderá ser o presidente-tampão? - Blog do Miro

quarta-feira, 30 de novembro de 2016


FHC poderá ser o presidente-tampão?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Fora Temer? Sim, ok, fora Temer! Mas sob que condições?

Michel Temer provavelmente vai passar à história como o presidente do empobrecimento, a menos que seja substituído por alguém que se disponha a fazer o serviço sujo.

Que serviço sujo? Ora, piorar drasticamente as condições de trabalho assalariado no país, dificultar e arrochar aposentadorias, reduzir gastos com programas sociais, com Saúde, com Educação, com Saneamento, enfim, o serviço sujo será o Estado mais uma vez tirar do pobre para dar ao rico, como sempre ocorreu na história deste país.

Essa reflexão está sendo feita no momento em que outro presidente se encontra ameaçado de perder o cargo em menos de um ano.

Temer pode ser cassado em alguma ou em todas as ações que os derrotados em segundo turno na eleição presidencial de 2014 impetraram no TSE pedindo a perda do mandato da chapa vencedora ou então por conta de envolvimento em corrupção nos crimes investigados pela Lava Jato ou ainda pelo envolvimento nas estripulias de Geddel Vieira Lima.

Essa instabilidade também de Temer está ajudando a manter a economia rastejante porque ninguém vai querer saber de investir sem saber quem vai estar governando o Brasil no futuro imediato.

O fora Temer já, portanto, é bom que aconteça antes do fim deste ano. Teremos, então, eleições diretas e um presidente legítimo.

Pode ser que a direita ganhe? Pode, ainda está forte, apesar de já ter muita gente revendo sua decisão de apoiar o golpe. Porém, a vantagem de haver eleição presidencial já é que Lula poderia concorrer. E vencer.

Não acredita? Tudo bem, não haverá eleição nenhuma mesmo… Porque não haverá tempo.

Nem com a velocidade antipetista da Justiça seria possível cassar Temer em 2016. E com o alvo não sendo petista é que nada aconteceria mesmo. Desse modo, se o presidente da República for cassado será no ano que vem.

Se Temer for cassado em 2017, ou pelo TSE ou por corrupção (junto com Geddel ou pela Lava Jato), aí haverá eleição indireta, Colégio Eleitoral, como na ditadura militar.

O presidente biônico será escolhido pelo Congresso Nacional e já há um candidato de “consenso” entre os golpistas da mídia, do Legislativo e do Judiciário:

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Acredita não? Então veja o balão de ensaio que o tucanão mandou seu secretário pessoal divulgar na Folha há pouco tempo [aqui]

Seria a “solução”, segundo os acólitos de FHC. Ele governaria pelo resto do mandato de Temer, agora cassado pelo TSE, pelo Congresso ou até pelo STF.

Claro que caberia a ele fazer o serviço sujo, a menos que derrubem Temer só após ele fazer esse serviço.

Seja como for, com o histórico que tem Fernando Henrique Cardoso, é bom que todos tenhamos claro que se ele for indicado presidente biônico da República Federativa do Brasil, no mínimo governará seis anos.

Mas poderia chegar a dez, porque, assim como em 1997 ele comprou a própria reeleição por 200 mil reais cada voto no Congresso, em 2017, vinte anos depois, ele certamente não hesitaria em fazer aprovar mudança na lei que lhe permitisse disputar a eleição de 2018 e, depois, a reeleição em 2022, de modo que, em tese, poderia governar até 2026.

Sim, FHC tem oitenta anos, mas saúde não lhe falta. Anda até de namorada nova, quase cinquenta anos mais nova do que ele. Aposto que governa até 2026 com um pé nas costas.

2 comentários:

HCantanhede disse...
Se alguém disser ao privatista e entreguista FHC que ele terá a oportunidade de cumprir sua promessa feita ao FMI (naquele sombrio período em que vendeu, vendeu, vendeu o patrimônio público) de vender o Banco do Brasil, a CEF, a Petrobrás e os Correios, ele se animará muitíssimo. E se garantirem que haverá queijos e vinhos, então, nem pensar, será muita alegria para ele e para o PSDB, o PFL e seus partidecos de aluguel. E o povo? O povo que se exploda. Gás lacrimogêneo (ou cadeia) para quem não gostar, pois é assim que os golpes e as ditaduras que se seguem funcionam.
Anônimo disse...
Deus nos livre dessa praga FHC.

Temer leva país a fundo do poço e mídia é cúmplice, dizem economistas - Rede Brasil Atual

Temer leva país a fundo do poço e mídia é cúmplice, dizem economistas

Em debate no Centro Barão de Itararé, Laura Carvalho, Eduardo Fagnano e Belluzzo criticam política aplicada pelo governo por aprofundar crise, subtrair direitos e preservar privilégios
por Redação RBA publicado 30/11/2016 18:42, última modificação 30/11/2016 19:10
RAPHAEL CORACCINI/BARÃO DE ITARARÉ
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Laura: 'Não há experiências no mundo onde o setor privado retoma a economia'
São Paulo – “Há uma completa falta de perspectiva de saída do fundo do poço”, afirmou ontem (29) a professora Laura Carvalho, do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo. O debate organizado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé teve ainda os professores de Economia Luiz Gonzaga Belluzzo e Eduardo Fagnani, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O tom dos palestrantes foi de crítica contundente à agenda do presidente Michel Temer (PMDB), por provocar a redução de direitos e ampliar privilégios de setores específicos da sociedade.
Segundo Laura, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 traz "desesperança" ao país. "O grande problema da PEC é que ela não distingue o que é direito e o que é privilégio", afirma, lembrando que a proposta corta investimentos em áreas como saúde e educação, mas mantém o orçamento flexível para o aumento de salários da classe política, por exemplo.
Os meios de comunicação também foram lembrados como propagadores do cenário preocupante desde o momento em que criaram um discurso de que os investidores passariam a apostar no Brasil após a queda da Dilma. Entretanto, a economia vem mostrando sinais consecutivos de enfraquecimento após o impeachment, com agravamento da crise.
Para Laura, ao contrário do que foi bordado pela imprensa, a crise não foi originada de nenhuma "gastança" e o corte gastos e investimentos limita qualquer chance de retomada. "Primeiro, porque o Estado está longe de estar quebrado (…) Se o Estado for encarado como esse grande monstro que alguns pintam, fazemos coro com esse tipo de histeria, que inviabiliza a retomada. E não há experiências no mundo onde o setor privado retoma a economia em um cenário de recessão", observou a professora.
Belluzzo concorda. "Da forma com é tratada a palavra 'austeridade', por exemplo, parece impossível se posicionar contra. Assistir aos comentaristas de economia da TV é um exercício de masoquismo, quase um autossacrifício", ironizou. As contradições do governo Temer, no entanto, não são questionadas pela mídia, assinala ele. "O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a dizer que apesar de os indicadores estarem em queda, a indústria estaria em franca recuperação. E um comentarista diz que a crise insiste em não ir embora, como se fosse um hóspede incômodo."
A ausência de debate qualificado, para o economista, prejudica uma leitura correta da realidade pela opinião pública. "Sem diversidade de opiniões e ideias, onde prevalece um discurso homogêneo, fica fácil uma visão única fazer sentido. As pessoas não entendem, apenas repetem. Não porque não são inteligentes, mas porque a informação que chega a ela tem essa natureza", disse.
A agenda Temer de austeridade, para Eduardo Fagnani, representa a radicalização do projeto liberal no Brasil, o desmonte completo do Estado, com a "criminalização" dos gastos públicos. "Esse projeto é antigo e não passa pelo crivo popular. O gasto social cresce junto com a democracia. Tanto a experiência nacional quanto a internacional mostram que o gasto social está longe de ser o ponto fora da curva", disse, lembrando do processo de impeachment que afastou Dilma: "A consequência do golpe na economia é levar a uma extrema reforma do Estado passando por cima do voto e da democracia".
registrado em:    

A batalha campal em Brasília é sinal do desgoverno que tomou o Brasil. Por Eugênio Aragão - Diário do Centro do Mundo

A batalha campal em Brasília é sinal do desgoverno que tomou o Brasil. Por Eugênio Aragão



Brasília, 29 de novembro de  2016
Brasília, 29 de novembro de 2016
Publicado no Blog do Marcelo Auler.
POR EUGÊNIO ARAGÃO, ex-ministro da Justiça.

Já o dizia meu saudoso pai: os ignorantes usam o punho, enquanto os inteligentes usam a cabeça. Em outras palavras, o punho do ignorante entra em cena, quando seus paupérrimos argumentos se esgotam.
A batalha campal ocorrida terça-feira (29/11) em Brasília é um evidente sinal do desgoverno que tomou conta do Brasil depois do golpe parlamentar.
Um grupinho se incrustou nos palácios e ministérios da capital, sem capacidade de diálogo e de minimamente convencer a sociedade atônita sobre seus propósitos. Prefere mandar a “puliça” atacar indefesos manifestantes a se dar ao esforço da argumentação. Até porque argumentos não há que sustentem a degradação do Brasil a uma republiqueta de atores políticos vaidosos, ambiciosos e gananciosos.
Não há mais projeto nacional, não há metas nem de curto, nem de médio e nem de longo prazo. A economia está à deriva, por se interessarem seus gerentes públicos apenas por satisfazer as pretensões egoístas de rentistas e especuladores.
Ontem um amigo empresário do Norte me disse que a exportação de gado brasileiro caiu 90% e o setor está em polvorosa.
Com certeza não é um problema de falta de demanda externa, mas sim da mais tosca incompetência do desgoverno, incapaz de abrir novos mercados e de manter os já consolidados.
A comissão de comércio exterior da Federação Russa, por exemplo, insistiu em vão em se reunir com os técnicos do Sr. José Serra e não recebeu nenhuma confirmação sobre data que estava ficada, desde tempos, para dezembro. A reunião, parece, ficou para depois do carnaval.
A Embraer atravessa séria crise, de modo a demitir centenas de seus empregados especializados. Os estaleiros construídos para atender às demandas de equipamentos naval para exploração do pré-sal estão estagnados. Milhares de empregos foram riscados do mapa. O governo resolveu desistir do conteúdo nacional no setor.
O Almirante Othon, pai da energia nuclear brasileira foi colocado atras das grades, condenado a 43 anos de reclusão, mais do que a Sra. Susanne Richthofen, que fez matar pai e mãe.
E, no entanto, pouco interessou aos ávidos acusadores que a administração de meios nessa área estrategicamente sensível não se pode fazer por rotinas comuns, transparentes. Afinal, certos insumos para o programa não se adquirem pela internet pagando com Pay-Pal. Mas isso é muito complexo para procuradores ameganhados.
Ao mesmo tempo, assistimos um assombrador crescimento de grupos fascistas na sociedade. Pessoas embrutecidas pelo vício de uma linguagem violenta nas redes sociais se distraem colocando para fora seu ódio contra as forças democráticas. Sua presença, ontem, no banzé organizado pela “puliça” na esplanada dos ministérios, mostra sua disposição de jogar o país no caos. O “quanto pior melhor” só os aproveita. E quem apanha é a multidão pacífica que teve seu ato infestado por atos de provocação dos brucutus bolsonaristas.
Enquanto isso o Judiciário e o ministério público estão mais preocupados com seus umbigos, temerosos de qualquer iniciativa legislativa que os venha chamar à responsabilidade.
Não se vê ação contra esse massacre aos direitos individuais e coletivos, mas somente a cantilena do “combate” à corrupção, do julgamento falso-moralista da classe política, como se o Brasil só agora tivesse despertado para as mazelas do financiamento eleitoral e partidário.
Juízes, nestes tristes tempos, falam pelo cotovelo. Emitem juízos antecipados sobre processos em curso e até se sugerem a deputados e senadores como seus conselheiros… impressionante a ousadia da burocracia sobre a democracia. O poder que emana do povo já lhes deixou de ser sagrado há muito.
Não há luz no fim do túnel. A única saída desse estado desesperador é a organização da sociedade civil, para que tome em suas mãos a defesa da Constituição-Cidadã e exija a mudança urgente do desgoverno por um governo legítimo saído das urnas.
Essa demanda urgente não pode ser desvirtuada com a de setores pouco afeitos à democracia que namoram numa eleição indireta em 2017. Tratar-se-ia de mais um golpe dentro do golpe, para manter a sociedade longe do comando sobre seu destino.
Também não podemos contar com um proativo Supremo Tribunal Federal que venha a reinstituir a presidenta destituída à traição, pois essa corte mais está preocupada com sua própria imagem na mídia conservadora que ajudou a tramar o golpe contra a constituição.
Tenhamos, pois, esses dois objetivos claros em mente: a defesa da carta maior gestada numa constituinte eleita e a realização já de eleições para presidente. É o único meio de o Brasil sair do lamaçal em que os golpistas o jogaram.
E quanto aos inimigos da democracia, terão que pagar por seus atos covardes perante a História, que saberá avaliar a gravidade da conspiração por eles praticada contra o País.

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PEC DA MALDADE: COQUETEL DENTRO E PANCADARIA FORA - Brasil 247